Quando a política está em jogo [Artigos do Expresso]

[Recuperação de um arquivo desaparecido, com a publicação de artigos que, ao longo do tempo, foi escrevendo para o Expresso. Este foi escrito em outubro de 2019.]

Na era do futebol-política, a contaminação de discursos e o combate ideológico entre gabinetes de administração e bancadas fazem da realidade do jogo um espelho das decisões das nossas vidas. Hoje, todos estamos convocados para entrar em campo.

A história do futebol está impregnada de história de combate social. Da transformação de modalidade individualista em coletivista, a sua tomada pelas forças trabalhadoras, a mercantilização progressiva do jogo até ao ambiente comercial que o rodeia nos nossos dias, opções e decisões políticas foram tomadas. Os desafios que se colocam ao futebol e à sua relação com a política em 2019 levantam questões cada vez mais complexas sobre a forma de agir perante o fenómeno.

Se, como escreveu Thomas Mann, tudo é política, então não nos custa nunca encontrar, nas coisas que mais gostamos, uma influência que, tantas vezes, se mistura, ao ponto de parecerem indistintas numa mesma face. Assim se passa com o futebol, campo mediático de excelência, desde os tempos do campo pelado como centro da aldeia, aos dos grandes ecrãs submetendo a si enormes manifestações de massas.

Muitos tendem-no a ver como um factor negativo, um vírus que tomou o jogo outrora puro – e como acaba essa ideia inserida num mecanismo que potencia novas gramáticas ditatoriais dentro do futebol. Outros tantos, tentam fazer dele um factor positivo, ainda que muitas vezes da ordem do inevitável, transformando as massas que acorrem em busca do jogo em potenciais novas linhas de ação. Como em todos os terrenos desta terra, algures pelo meio, existe um caminho. O velho jogo, esse, não deixa nunca de ganhar novas faces.

O híbrido na era do futebol-política

O alcance mediático do futebol fez-se suportado nas suas estrelas, os jogadores, mas foi-se alargando bem para lá dos limites do campo. Nicola Porro e Pippo Russo, no seu ensaio “Berlusconi e outros assuntos: a era do Futebol-Política”, posicionam nos anos 90 o nascimento e desenvolvimento de um “novo fenómeno inquietante: uma hibridização sem precedentes de desporto, mass media e política”. Com Sílvio Berlusconi no centro do furacão, o movimento começa no mundo empresarial, suportado pela rede de empresas Fininvest-Mediaset, que para além de uma enorme força presente nos meios de comunicação social, televisão e mundo editorial, acaba por adquirir o clube de futebol AC Milan.

A construção da imagem de homem de sucesso no mundo empresarial e no mundo desportivo transforma Berlusconi num ícone político, sentimento que ele absorve e desenvolve com a constituição do partido Forza Italia. A construção do movimento partidário está, desde as suas origens, marcada por uma encenação a partir de ferramentas de origem futebolística. Desde o nome, marcadamente aproximado à ideia de um grupo de apoio a um clube (ou, neste caso, ao país/seleção), até à forma como foram cativados apoiantes para o mesmo, olhando grupos de ultras como um dos centros de recrutamento para as forças do partido.

Em Portugal, não tivemos um caso semelhante, enquanto híbrido, mas aproximamo-nos com figuras como Valentim Loureiro, ainda que a sua ascensão mediática se tenha feito sempre de uma coligação mais intensa entre as duas dimensões. Figura do Partido Social Democrata desde a sua fundação, sobretudo a norte do país, o seu papel de dirigente do Boavista Futebol Clube e a passagem pela presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, chegaram a tornar indistinta a figura que também presidia, no mesmo período, os destinos da Câmara Municipal de Gondomar.

Instrumentalização e iconografia

A instrumentalização do futebol, na opinião de José Neves, professor do departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é historicamente indistinta, estejamos a falar de períodos democráticos ou ditatoriais. “Há um tipo de instrumentalização nacionalista, que encontramos nos anos 60 em Portugal, que foi feita por todos os regimes, sendo eles ditatoriais ou não”.

Se o Estado Novo selou para a história a associação a uma ideia de política dos três F’s – Fado, Futebol e Fátima, a abordagem do regime ao fenómeno futebolístico caracteriza-se por duas fases diferenciadas. A uma primeira fase onde ao futebol enquanto espetáculo de massas não é dada grande atenção, havendo, até, uma forte resistência à profissionalização dos jogadores, passou-se a uma segunda fase, a partir dos anos 60, onde o sucesso da seleção e do Benfica no plano internacional acaba por ser instrumentalizado a favor de uma ideologia lusotropicalista, oferecendo argumentos para desmentir a ideia de conflito no período da guerra colonial, “com a convivência de elementos de várias proveniências nas equipas, estabelecia-se um exemplo de harmonia característica do próprio Império.”

Para José Neves, “olhando para o caso português, o futebol não foi menos instrumentalizado pelos governos no regime democrático”, salientando dois eventos que merecem destaque. A organização do Mundial de Sub-20 em 1991, “com o célebre episódio em que o Dr. Mário Soares faz questão de ir entregar o troféu ao relvado, quebrando o protocolo da FIFA” e a “apropriação feita pelo regime à organização do Europeu de 2004, uma das maiores operações de celebração do regime português sob uma certa ideia de progresso”. A utilização de figuras do futebol como símbolos de Portugal é outra das dimensões claras desta linhagem de contactos, como a “promoção da Geração de 90 e a utilização de Carlos Queiroz como ícone do Cavaquismo” ou a utilização de José Mourinho em vários elementos promocionais do estado português no exterior “como uma espécie de imagem de um Portugal de sucesso”.

O jogo falado

O crescente poder mediático do futebol assentou praça, nas últimas décadas, no jogo falado. A assunção dos operadores televisivos privados criou um novo modelo de programa, de baixo custo para o seu promotor, que abre as portas da discussão a elementos exteriores ao cânone dos “fazedores de opinião”. O futebol sempre representou essa exceção, com o tempo de antena dado a treinadores e a antigos jogadores que, muitas vezes, escapavam ao que era o habitual ver dentro do campo dos opinadores, pela ausência de formação académica. “Nos anos 90, num dado interessante para o estudo da sociologia da cultura portuguesa, começam a aparecer a discutir futebol elementos saídos da área cultural, como realizadores de cinema, ou advogados, todos falavam, digamos assim, do desporto e adotavam o seu caráter popular”. O futebol falado acabou por ser um espaço disputado por elementos de diferentes proveniências sociais.

Para José Neves, André Ventura é um “produto híbrido da tertúlia futebolista na televisão”, promovido num canal, a CMTV, onde “há um produto específico, uma misturada, onde o advogado aparece a debater com o treinador, o dirigente com o ex-jogador” salientando que o novo deputado ao Parlamento português, “também está presente noutros programas do canal, onde surge como especialista na sua área de estudo”. Para o historiador há uma responsabilidade partilhada, no que passa por ser um “produto muito pouco claro do ponto-de-vista da autonomia dos campos, porque sabemos que as televisões convidam, mas os clubes detém um veto oficioso” no que respeita à presença de elementos que, oficialmente, não os representam.

Ainda assim, a figura de André Ventura insere-se num outro ramo evolutivo da relação entre futebol e política. Sendo certo que aproveita o cariz mediático de um clube, tendo sido lançado na esfera televisiva através do canal oficial do Benfica, a BTV, a leitura do fenómeno prende-se mais com a promoção de um discurso que, hoje em dia, se tornou passível de ser observado um pouco por todo o lado. Nesse sentido, José Neves considera como dois elementos separados a eleição de André Ventura para o Parlamento e o seu trabalho enquanto comentador televisivo. “A presença que ele tem na CMTV a discutir futebol dá-lhe popularidade, mas não há uma transferência direta entre a sua defesa de um clube e o seu universo de votantes.”

Consequências da normalização do discurso discriminatório

Itália tem sido palco para diversas manifestações racistas nas bancadas dos seus estádios, num momento em que membros do Governo italiano manifestam opiniões semelhantes na forma como elaboram sobre as resoluções a tomar acerca do problema dos refugiados no país. Para Pippo Russo, professor de Sociologia do Desporto na Universidade de Florença, “o racismo nas bancadas dos estádios italianos é prévio ao aparecimento de Silvio Berlusconi no futebol”, mas é certo que existiu “uma legitimação e normalização da extrema-direita em Itália” a partir das opções do seu partido, o Forza Italia, cujas primeiras medidas estratégicas passaram pela “coligação com as forças de extrema-direita da Lega Nord e neo-fascistas da Alleanza Nazionale.”

Esta normalização do discurso encontra raízes por onde se desenvolver numa certa ideia de excepção futebolística, onde muitos acabam por procurar diferenciar aquilo que é jogo (e, consequentemente, brincadeira, futilidade) com aquilo que é vida (a política e outras grandes decisões e opções do ser humano). A procura dessa demarcação de campos leva à permissividade a discursos e acontecimentos que não seriam aceitáveis à luz de um pensamento ético fora do terreno de jogo. As constantes linhas de suporte entre forças políticas e dirigentes de clubes geram, de novo, este estado híbrido que nos empurra a ter uma opinião contra um facto se este ocorre no campo político, mas a aceitá-lo se ocorre no futebol.

A mesma ideia que permitiu, recentemente, um juiz do Tribunal da Relação de Lisboa a ditar, no acórdão 288/18.0T9LRS.L1-9, que “no contexto de acesa discussão, numa envolvência futebolística, em que foram proferidas, as palavras não têm outro significado que não seja a mera verbalização das palavras obscenas, sendo absolutamente incapazes de pôr em causa o carácter, o bom-nome ou a reputação do visado. Traduzem sim um comportamento revelador de falta de educação e de baixeza moral e contra as regras da ética desportiva; contudo, esse tipo de comportamento, socialmente desconsiderado, é também ele, de alguma forma tolerado nos bastidores da cena futebolística. Eventualmente, deverá ser sancionado disciplinarmente, mas daí a sê-lo penalmente vai uma significativa distância.”

É exatamente neste território que emergem figuras respaldadas pela defesa do clubismo a normalizar um discurso que tende à discriminação. O tratamento entre rivais no último período eleitoral do Sporting Clube de Portugal e o consequente período de combate no espaço público e nas assembleias gerais do clube tem sido um dos bons exemplos de como a normalização de discursos e comportamentos discriminatórios abre alas num espaço comunitário como é um do clube. O comportamento do presidente do Sport Lisboa e Benfica para com um dos sócios do clube na última assembleia geral realizada no Pavilhão da Luz insere-se, também, nesta normalização de comportamentos, há muito tolerada em diversos estádios e por diversos clubes, de norte a sul do país. André Ventura e a aceitação do seu argumentário no plano mediático nacional, bem como a sua eleição para o parlamento, acabam, assim, por não constituir uma novidade ideológica, mas, sobretudo, uma aceitação e normalização de comportamentos discursivos e éticos que, até aqui, não mereciam esse favor.

A bancada enquanto palco

A bancada tornou-se, então, palco para a afirmação ideológica que perpassa o apoio clubístico, mas que o assume dentro de uma diversidade que transforma em múltiplos microcosmos os ocupantes dos lugares que rodeiam o campo. O futebol espetáculo joga-se dentro das quatro linhas e expande-se através da ideia de clubes-empresa que servem os seus clientes em espaços multinacionais. Mas o seu público-alvo diverso recria-se dentro de diferentes tendências. O espaço das claques e dos grupos de apoio serão um ponto de entrada preferencial para esta separação da natureza do adepto. Em Portugal, têm sido identificados diferentes grupos de extrema-direita em vários clubes das principais divisões, com os relatórios policiais a identificarem a vertente ideológica como superior ao apoio clubístico. Uma realidade que, no entanto, não gerou, a partir desses movimentos, figuras de relevância política.

Na Alemanha, como repara Felix Tamsut, jornalista desportivo da Deutsche Welle e um ativo analista das tendências e cultura dos adeptos no seu país, a segurança nos estádios não tem sido colocada em causa pelo crescente debate entre diferentes grupos de adeptos que lutam, acima de tudo, pela liberdade de exprimir as suas opiniões. “Existem vários exemplos de clubes que têm promovido ações contra a discriminação, como é o caso do Borussia Dortmund ou o Dynamo Dresden, mas estar num estádio nunca foi tão seguro, estatisticamente, como agora.” Ainda assim, para o jornalista, é certo que tem existido uma crescente deriva para a extrema-direita em termos de afirmação. “Essa deriva gera alguma preocupação, mas tem também sido alvo de combate por parte de grandes grupos de adeptos um pouco por toda a Alemanha. O que podemos ver é que em determinadas regiões, elementos de grupos de extrema-direita procuram clubes de divisões inferiores para fazer passar a sua ideologia e recrutar novos membros. Esse, sim, é um desenvolvimento preocupante”.

Mas a Alemanha é também território de um exemplo em sentido contrário, com o “caso único” do Fussball-Club Sankt Pauli, equipa da cidade de Hamburgo. “Tem muito que ver com a cidade. Costuma dizer-se que, em Hamburgo, quando algo não está bem, as pedras começam a voar. Estamos a falar de uma cidade onde a cena alternativa é bastante presente, em qualquer lugar onde vás. Tendo em conta a presença acentuada de elementos racistas no futebol germânico do fim dos anos 80, o St. Pauli era um desenvolvimento que quase tinha que acontecer. Um grupo de elementos anti-racistas entre os seus adeptos começou a organizar várias campanhas contra o nazismo e, em determinado momento, o clube entendeu que este era o caminho que deveriam seguir. Ambos os lados começaram a trabalhar juntos e o clube acabou por se tornar famoso, muito politizado, com ideias de extrema-esquerda”. Na última semana, os adeptos dos clubes reagiram de forma reiterada ao facto de um dos jogadores do seu plantel, o turco Cenk Sahin, ter incentivado a reação bélica do seu país contra os guerrilheiros curdos. A luta pela paz poderá mesmo acabar por encurtar a estadia de Sahin no clube.

Uma força política autónoma em combate

Pippo Russo identifica a atualidade como um tempo em que o futebol escapa ao controlo e à manipulação por parte da política. “O futebol tornou-se numa força política autónoma, um pouco por todo o lado, os grandes clubes são mais fortes do que os partidos políticos. É exatamente por essa razão que devemos ser mais cuidados na forma como intervimos no discurso futebolístico e nos seus negócios, sem manter a ilusão de que o futebol é uma brincadeira de interesses maiores”. No fundo, o sociólogo italiano coloca os grandes clubes e os principais agentes do futebol como elementos multinacionais que funcionam, como empresas, no controlo do jogo político. Esta inversão de forças entre os dois elementos transformam, uma vez mais, a maneira como podemos olhar para cada um dos fenómenos por eles gerados.

No campo dos jogadores e treinadores, Gerard Piqué e Pep Guardiola são duas das figuras do futebol internacional que têm tomado evidentes posições de força ao nível político, quer na forma como demonstram a sua defesa da independência catalã, quer como a transportam para o campo eleitoral, com Guardiola a assumir o seu apoio à coligação pró-independência, Junts pel Sí. Os acontecimentos políticos consequentes a estas acções tendem a ter diferentes níveis de entendimento, como as situações que acabaram por levar Piqué a ser hostilizado por vários adeptos nas suas últimas presenças na seleção espanhola. O campo do híbrido relata uma realidade que gera a necessidade de um mais profundo entendimento da nossa atuação, enquanto sociedade, na esfera do futebol-política.

Felix Tamsut revela alguma preocupação na forma como entende haver uma menor associação das forças governamentais ao apoio a projetos de adeptos na área social. “Os políticos costumavam ser apoiantes da ideia de utilizar o futebol como um trabalho social junto das camadas mais jovens da população. No entanto, isso tem vindo a mudar. As dificuldades para encontrar financiamento, com algumas forças políticas a exigirem o fim desses apoios, bem como uma crescente repressão contra grupos de adeptos fazem crescer a descrença no sistema”. A repressão junto dos adeptos, muito visível no futebol francês, onde as limitações impostas à deslocação de adeptos em dias de jogos tem sido política comum, acaba por gerar novos conflitos na gestão das questões securitárias. Uma vez mais, mas desta feita da parte das forças do governo, o futebol passa por ser um campo de experiências comportamentais e de gestão pública.

Em Itália, Pippo Russo identifica casos de clubes como o Peruggia ou o Empoli como exemplos de alguma reação anti-racista, sobretudo numa temporada em que o tema do racismo nos estádios tem levado à reação da parte de diversos jogadores. A intolerância nas bancadas italianas e a desvalorização do problema por parte de grupos de adeptos, como os afectos ao Inter de Milan, levam o sociólogo a entender que o trabalho deve ser feito, sobretudo, ao nível de base. Em Itália, o movimento do “Calcio Popolare” tem estado na linha da frente no combate anti-racista. São movimentos contra o futebol moderno, muitas vezes promovidos por grupos ideologicamente associados à extrema-esquerda e que desenvolvem uma promoção do jogo fora da dimensão capitalista tomada pelo mesmo.

Este movimento está em tendência crescente, quer através de clubes de divisões inferiores, em diferentes países europeus, quer na forma como se acaba por expressar nas próprias bancadas dos jogos das grandes competições nacionais e internacionais. Os temas em cima da mesa passam pela discussão da política de preços no acesso aos estádios, as regras sobre o consumo de bebidas alcoólicas ou de comportamento nas bancadas (o regresso dos lugares em pé em determinadas zonas dos estádios), a possibilidade de transmissão de mensagens sociais e políticas nos grupos de apoio ou, até, a abertura das bancadas para a diversidade, como é bastante notório em competições como a Major League Soccer, onde várias equipas têm grupos de apoio que funcionam como promotores de uma atitude cívica aberta à diversidade racial e sexual.

O futebol-política do Século XXI é, desta forma, um espaço charneira do debate sobre o mundo em que queremos viver, porque simula de maneira inequívoca as grandes questões éticas e sociais que se vão colocando aos regimes democráticos. A transformação da realidade dos clubes-associações populares em clubes-empresa gerou um afastamento para com os adeptos e a tentativa clara de reciclagem destes em clientes. Essa dinâmica encontra resposta em posicionamentos ideológicos diversos, uns mais inclusivos, outros claramente exclusivos, na forma de defender uma pureza ou um tradicionalismo associado ao jogo.

O posicionamento dos sócios dos clubes perante a assunção do universo clubístico como força politicamente autónoma aumenta-lhes as responsabilidades por, em último caso, depender das suas decisões a forma como os clubes se libertam para ancorar o respetivo poder em leis não escrutinadas fora do âmbito das respetivas ligas. Chegamos assim ao ponto onde o comportamento do adepto depende, não da ação dos governos, mas da ação das ligas de clubes. Um ambiente fechado que se posiciona para lá do alcance do combate. Não é uma brincadeira. É o mundo a tomar novas faces debaixo do nosso olhar, um velho jogo que se posiciona no centro da vida. Estamos todos convocados para o jogo do futebol-política.

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