Portugal anuncia amanhã as suas escolhas para o Mundial 2022. Olhando aos princípios de Fernando Santos e focando as eventuais dúvidas, explico porque vejo serem estes os 26 nomes a serem selecionados.
Autor: Luís Cristóvão
O futebol, o Mundial e o nosso dever de intervenção
Contra aqueles que acreditam que os problemas do Mundo se resolvem com o cancelamento dos mesmos nas agendas pessoais, o envolvimento e a intervenção nos acontecimentos como uma resposta aos problemas que estes podem estar a gerar. Uma oportunidade para pensar no que é o futebol e onde somos colocados pela realização deste Mundial no Qatar.
Gerir os desafios, ganhar os jogos
Os números e a sua análise no mundo da bola são, hoje, parte de uma realidade que foi sendo construída ao longo de décadas por detrás dos enormes muros onde o futebol de elite se desenvolve. Para quem vive do lado de cá desta muralha, a importância de saber ler os sinais é fundamental. Até porque é no futebol que se continua a conseguir bater as previsões, fazendo muito com pouco, impondo o lado desportivo ao domínio financeiro.
Querer mais, o estado natural do futebol
Os adeptos exigem e os adeptos devem ter. O futebol é, para quem o vive, paixão e sofrimento, da mesma maneira que parece sempre injusto para quem o trabalha. Mas entre a exigência de rendimento e a nossa capacidade para fazermos a escolha certa, o futebol demonstra-nos como é possível aprendermos com ele a viver.
O resultado e a reflexão sobre o resultado
A forma como se mede o sucesso no futebol é o resultado. Mas aqueles que explicam melhor os seus resultados são aqueles que acabarão por ganhar mais vezes. Uma reflexão sobre a importância de explicar o trabalho, nos exemplos que Rui Faria e Rúben Amorim nos ofereceram esta semana.
O direito à paixão no futebol moderno
As pessoas, sempre as pessoas, a encantarem-se pelos jogadores, sempre os jogadores. Pelo direito à paixão no futebol moderno, escrevo pelas emoções libertadas no encontro entre Benfica e Paris SG, em tempos que não seriam os ideais, mas são, com certeza, os necessários.
Uma situação particularmente difícil que devemos enfrentar de uma vez
A vulnerabilidade dos atletas nas relações que estabelecem com os seus superiores hierárquicos (treinadores ou diretores) não é suficientemente enfrentada pelas estruturas de administração das modalidades desportivas. Trata-se de uma questão cultural que precisa de ser ultrapassada e transformada, exigindo-se maior consistência daqueles que têm responsabilidade no processo. Escrevo, muitas vezes, sobre mim para explicar melhor aquilo que encontro nos outros. Este era o caso em que preferia não ter a experiência para o fazer.
Isto é uma simulação
Taremi, Rafa e os adeptos que vestem camisolas nas bancadas. Três temas quentes de uma semana onde a simulação continua em alta no futebol português. Não naquilo que foi, pela repetição, transformado em óbvio, mas naqueles que se continuam a esconder em discursos que não defendem o futebol.
Os três grandes na Europa – a qualidade do treinador não tem nacionalidade
O alemão Roger Schmidt veio demonstrar que, mais do que pensamento ofensivo, a sua proposta passa pelo entendimento da complexidade do futebol dos nossos dias, algo que Rúben Amorim e Sérgio Conceição também têm trabalhado nas suas equipas. Uma semana fundamental para defender o valor dos treinadores dos três grandes portugueses.
O sorriso de Mbappé e a reconquista do território do futebol
O mundo do futebol é apenas mais um dos territórios onde a luta pela liberdade e pela democracia se desenvolve. A menorização do jogador que pensa ou do comentador que analisa é um ato ideológico de quem prefere um mundo higienizado, sem contexto ou conteúdo. A liberdade de expressão é essencial para que o território do futebol seja reconquistado pelas forças que o tornaram tão grande.